Durante a campanha eleitoral, em Cajazeiras, um ex-deputado estadual, outro deputado no exercício do mandato, a maioria dos vereadores, e várias outras pessoas trouxeram a público em diversos órgãos de imprensa e nas redes sociais, o que seria um escândalo nos moldes daquele revelado pela Operação Calvário.
Relembrando: o então governador Ricardo Coutinho contratou várias Organizações Sociais, dentre as quais a Cruz Vermelha, e entregou a elas a gestão de parte da Saúde estadual. O resultado é de amplo conhecimento: corrupção e roubalheira que causou um prejuízo de pelo menos R$ 130 milhões aos cofres da nossa combalida saúde.
Pois o prefeito Zé Aldemir, mesmo sendo conhecedor desse passado tenebroso, decidiu repetir o mesmo esquema: contratou uma entidade de Pernambuco ( o IGESPE) e outra de São Luis/MA (a COOPBRAS), para gerir boa parte da saúde de Cajazeiras.
Apesar da denúncia contundente e robusta de provas, nenhuma autoridade de fiscalização ou controle adotou qualquer medida para sequer apurar o caso, apesar dos elevados valores envolvidos.
Passada a eleição, basta dar uma olhada no SAGRES do Tribunal de Contas do Estado para comprovar o descalabro dessa operação em Cajazeiras.
De janeiro a outubro, o IGESPE de Caruaru botou no bolso R$ 14.167.768,95. Isso mesmo: quase R$ 15 MILHÕES. Já a COOPBRAS de São Luis do Maranhão, embolsou R$ 5.978.530,12. Exatamente: quase R$ 6 MILHÕES.
No total, essas duas organizações levaram dos cofres da saúde de Cajazeiras a impressionante cifra de R$ 20.146.299,07.
E a população de Cajazeiras fica se perguntando: que serviços foram prestados? Que melhoria houve na saúde municipal? Quais benefícios essa gastança trouxe para os cajazeirenses?
E mais uma vez, todos cobram atitudes e providências dos órgãos de fiscalização e da justiça, para que seja apurado esse escândalo vergonhoso, essa dilapidação dos recursos públicos. Auditorias rigorosas nas licitações, nos contratos, nos valores e na prestação dos serviços.
Esses R$ 20 MILHÕES não saíram do bolso do prefeito Zé Aldemir. Esses recursos vieram do suado dinheiro dos brasileiros pagadores de impostos que merecem, pelo menos, respeito.
Ouviram, senhores do Tribunal de Contas, Promotores, Juízes e que tais?
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